Ouvi dizer que o ínclito, nobre e excelso causídico que preside uma farsa falou à nação em cadeia de rádio e TV.
Nem foi preciso ver. Aposto que ele falou em exercício da cidadania, várias vezes em democracia e na importância do voto.
No país dos sofistas, da parolagem e do “pacta sunt servanda” para otários não adianta argumentar.
Não sei se apelo para José Saramago de Ensaios Sobre a Cegueira:
“Por que foi que cegámos, Não sei, talvez um dia se chegue a conhecer a razão, Queres que te diga o que penso, Diz, Penso que não cegámos, penso que estamos cegos, Cegos que veem, Cegos que, vendo, não veem”.
Ou para o Saramago de Ensaios Sobre a Lucidez.
Confuso?
Vamos de Gilberto Gil e o recado está bem dado: