A previdência peculiaríssima dos militares

Um militar declarou que militares não têm um regime previdenciário, logo não faz sentido falar em incluir os militares na reforma da previdência social. Segundo ele, os militares têm “sistema de proteção social”.

Ele complementou sua declaração afirmando que os militares têm direito a um regime diferenciado pois sua profissão tem especificidades que justificariam um tratamento especial, diferente das demais profissões. Cito:

“Diante das discussões sobre a reforma do sistema de proteção social dos militares foi incansável no esforço de comunicar as peculiaridades da nossa profissão, que as diferenciam das demais, fundamentando a necessidade de um regime diferenciado, visando assegurar o adequado amparo social aos militares das forças armadas e seus dependentes”.

Não sei se ao se referir a dependentes ele incluiu as filhas “incasadas” de militares – as quais recebem pensão pela vida toda – ou não.

Mas sei que ele, ao chamar seu regime de aposentadoria de “sistema de proteção social” vai na mesma direção de negar o golpe militar que derrubou o presidente eleito João Goulart e chamá-lo de “movimento de 1964”. Ora, movimento de tanques e tropas militares que derruba presidente da República, fecha o Congresso Nacional, cassa mandatos de parlamentares, impõe censura aos meios de comunicação e tortura opositores deve ser chamado de quê?

Se ele explicou que especificidades – eu chamaria de privilégios – são essas, tão especiais, que justificariam mantê-los fora da reforma, eu não ví. Teria usado o argumento do tanque e do canhão para explicar tais “especifidades”?

Explico: eu estava na terça-feira passada aguardando a barca para fazer travessia de Niterói para o Rio quando, do nada, um bolsominion começou a falar alto que Bolsonaro iria consertar tudo e abrir a caixa-preta da empresa que presta este serviço. Esqueceu-se ou ignorava que a empresa das barcas foi privatizada há anos. Culpou o socialismo pelo mau funcionamento da empresa. Discursou contra Hitler que, para ele, teria feito tudo o que fez por culpa do socialismo, pregado por seu partido. Quando perguntei qual era a sua formação acadêmica, já presumindo que ele era um militar aposentado, ele respondeu: estudei armas e tanques. Tomei meu rumo, mas percebi que ele continuava discutindo com outros passageiros. Discutir o quê, não é mesmo?.

Sobre a reforma da previdência dos militares leia, a seguir, algumas informações relevantes postadas por David Deccache.

Paulo Martins

Por ano, os militares pagam R$ 3 bilhões para a previdência e recebem R$ 46 bilhões. A diferença, incríveis R$ 43 bilhões, é o que os economistas chamam de déficit. O valor do déficit dos militares é praticamente 50% superior ao gasto anual com os quase 50 milhões de pessoas beneficiadas com o programa bolsa família.

Fora isso, mais da metade dos militares se aposentam com menos de 50 anos e 90% com menos de 55 anos.

Os militares estão fora de todas as propostas de reforma apresentadas pelo governo até agora.

O único segmento que a capitalização não teria custo de transição considerável é com os militares. Se eu fosse um economista ortodoxo começaria propondo a capitalização para eles com um custo mínimo de 3 bilhões. Também é neste setor que a idade mínima seria um poderoso mecanismo de correção de privilégios.

Contudo, nem capitalização e nem idade mínima estão sendo cogitadas para os militares. Longe disso.

Paulo Guedes, Mourão e Bolsonaro devem estar achando que a população é estúpida.Por ano, os militares pagam R$ 3 bilhões para a previdência e recebem R$ 46 bilhões. A diferença, incríveis R$ 43 bilhões, é o que os economistas chamam de déficit. O valor do déficit dos militares é praticamente 50% superior ao gasto anual com os quase 50 milhões de pessoas beneficiadas com o programa bolsa família.

Fora isso, mais da metade dos militares se aposentam com menos de 50 anos e 90% com menos de 55 anos.

Os militares estão fora de todas as propostas de reforma apresentadas pelo governo até agora.

O único segmento que a capitalização não teria custo de transição considerável é com os militares. Se eu fosse um economista ortodoxo começaria propondo a capitalização para eles com um custo mínimo de 3 bilhões. Também é neste setor que a idade mínima seria um poderoso mecanismo de correção de privilégios.

Contudo, nem capitalização e nem idade mínima estão sendo cogitadas para os militares. Longe disso.

Paulo Guedes, Mourão e Bolsonaro devem estar achando que a população é estúpida.e engrenou o discurso de que Hitler matou e torturou em nome do socialismo, o partido dele. Curioso, perguntei, já prevendo a resposta, sobre sua formação acadêmica. Resposta: estudei tanques, canhão e caveirão. Fiquei sem saber se ele era militar aposentado das Forças Armadas ou da Polícia Militar.

Por ano, os militares pagam R$ 3 bilhões para a previdência e recebem R$ 46 bilhões. A diferença, incríveis R$ 43 bilhões, é o que os economistas chamam de déficit. O valor do déficit dos militares é praticamente 50% superior ao gasto anual com os quase 50 milhões de pessoas beneficiadas com o programa bolsa família.

Fora isso, mais da metade dos militares se aposentam com menos de 50 anos e 90% com menos de 55 anos.

Os militares estão fora de todas as propostas de reforma apresentadas pelo governo até agora.

O único segmento que a capitalização não teria custo de transição considerável é com os militares. Se eu fosse um economista ortodoxo começaria propondo a capitalização para eles com um custo mínimo de 3 bilhões. Também é neste setor que a idade mínima seria um poderoso mecanismo de correção de privilégios.

Contudo, nem capitalização e nem idade mínima estão sendo cogitadas para os militares. Longe disso.

Paulo Guedes, Mourão e Bolsonaro devem estar achando que a população é estúpida.

Deixe um comentário

Preencha os seus dados abaixo ou clique em um ícone para log in:

Logo do WordPress.com

Você está comentando utilizando sua conta WordPress.com. Sair /  Alterar )

Foto do Facebook

Você está comentando utilizando sua conta Facebook. Sair /  Alterar )

Conectando a %s