Batman, Robin, o arcano e o homúnculo (atualizado em 09/08/2017)

Creio no humor, no deboche, no escárnio e na ironia como arma política contra traidores, golpistas, usurpadores, marechais, generais, bandidos políticos ou mal-intencionados judiciais.

Porém, alguns assuntos são tão graves que é impossível não tratá-los com a seriedade e urgência que merecem. Este é o caso da apologia ao crime hediondo praticada pelo deputado Jair Bolsonaro no circo armado no domingo passado, em plena Câmara de Deputados, com transmissão pela TV para o Brasil e para o mundo (na votação do afastamento da presidente Dilma do exercício da presidência da Relespública).  Não vou brincar com isso. Outros assuntos, no entanto, apesar de sérios, merecem o escárnio, o deboche e a nossa, mais do que nunca necessária, desobediência civil.

As manipulações divulgadas pela grande mídia lava a jato – aquela que usa sua máquina de espuma para fazer lavagem cerebral na opinião pública nacional – enlouquecem qualquer pessoa que tenha consciência política.

Para não enlouquecer, prefiro debochar. O humor, o deboche e a ironia, fina ou grossa, são as armas dos enlouquecidos e dos desesperados. Outros preferem ovo.

Preste atenção ao título deste artigo:

Batman e Robin, a dupla de capa preta de Votthan City, vocês sabem quem são. Arcanos do tribunal supremacista temos vários, mas só um deu entrevista, acompanhado do Batman e Robin, como parte da operação lava-cérebros a jato da Rede Bobo.

Não. Eu não errei. Não é decano. É arcano mesmo.

Pausa cultural: de acordo com profunda pesquisa em sites suspeitos na www/grande rede global, arcano representa, na alquimia, uma poção misteriosa acessível somente aos seguidores desta prática esotérica. Para este artigo, arcano é o douto jurista que bebeu esta poção misteriosa.

Tomando por base, ainda, fontes infidedignas, porém mais confiáveis que as fontes do Boechato ( também conhecido como Enceradeira Desgovernada) e as da Tacanhede, a alquimia possui três objetivos:

Primeiro: transformar metais inferiores e substâncias como titica de galinha em ouro. No Brasil, os Alckimistas e seus amigos de confraria, utilizam-se da Alckimia para transformar reles golpe em voto. E prosseguem na alquimia, transformando voto comprado em miséria, desgraça, desemprego, recessão e entreguismo.

Segundo: fabricar o Elixir da Longa Vida. Também já foi feito no Brasil, que aumentou a idade dos sinistros da corte supremacista de 70  para 75 anos, criando uma futura corte de “arcanos”.

Terceiro: criação de vida humana artificial (o homúnculo) a partir de materiais inanimados. Também já fazemos aqui neste país Alckimista. Pelo processo de impeachment, estamos transformando um material inanimado – anódino, inodoro, incolor, “acarismático”, traidor e golpista – em homúnculo todo poderoso.

De acordo com as fontes citadas, Paracelso achava que o homúnculo – humano de 12 polegadas de altura – poderia ser criado por meio de sêmen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecido em esterco de cavalo durante durante 40 dias.

O processo Alckimista teve início no Senado com o discurso do senador Aéreo, em 5 de novembro de 2014. Foi colocado na retorta no laboratório da Câmara. Prosseguiu sua peregrinação por diferentes laboratórios judiciais. Foi aquecido pela mídia lava-consciência a jato. Retornou para os laboratórios da Câmara e foi concluído nos laboratórios do Senado.

Desmentiu Paracelso, pois levou mais de 400 dias, em vez dos 40 dias proposto pelo famoso alquimista. Mas em compensação gerou um humúnculo indestrutível, que sangra, sangra, sangra, mas não morre.

Só uma coisa me intriga: o processo de alquimia para criação do homúnculo foi concluído (o laboratório do Senado completou a farsa, digo, alquimia) e o homúnculo está por aí assombrando a todos os cidadãos, recebendo pessoas às escondidas na calada da noite, armando tenebrosas transações com misturadores de voz e com  barreiras de vasos de plantas e escapando sempre das garras da justiça de Votthan City. De onde vem a força deste homúnculo? Do medo, do rabo preso, do interesse comum, do conluio entre iguais?

Acho que nem Paracelso explica.

Parafraseando uma colega blogueira: “na vitrola: os alquimistas estão chegando, com Jorge Ben”.

Paulo Martins

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