Mara Telles, amiga de Facebook, publicou o texto abaixo. Este texto é parte da luta necessária de cada dia. Nosso novo café da manhã, nosso novo almoço, nosso novo jantar, nossa nova necessidade básica. Leia o texto abaixo e, a seguir, minha posição sobre o atual momento político.
“Atenção Patolandia: você está indignada, você está chateada, você está mal-humorada porque meia dúzia de estudantes lhe desperta na porta de sua casa com cantorias de “Bom Dia, Golpista, trouxe a Constituição”? Você, que xingou, que agrediu psicologicamente com VTNC, que vaiou, que aloprou, que acampou em calçada pública na Avenida Paulista, que fez figurinha vulgar com a Presidente para botar no buraco do tanque de gasolina, que homenageou o Coronel Ulstra na Faria Lima, que derrubou perfil no FB, que postou palavras de baixíssimo calão, que bateu boca com Chico Buarque, que defendeu porte de arma, que aplaudiu o voto do Bolsonaro, que apoiou a Puliça do Alckimin contra os meninos, que perseguiu e agrediu Suplicy e Patrus em Espaço Publico. Você está preocupada porque a meninada diz e escreve no chão que você é Golpista?! Ora, ora, vá bater panela! Vá fazer barulho com sua indignação. Ah, quando você literalmente pratica agressão, isso é liberdade de expressão. Mas, para a garotada que se expressa – sem lhe agredir – é vandalismo? Tá certo. Conheço isso e o nome disso é Macartismo. Tendeu? Eu entendi. Você é Golpista e não tá gostando que lhe joguem isso na sua cara”.
Abaixo, leia a minha posição clara e sincera. Sem meias-palavras, sem prévias avaliações, simples assim. Luta diária, estratégica, focada no objetivo. Direta. Forte. Cheia de esperança prática, concreta, realista. Um blog é apenas uma atiradeira juvenil. Não importa. Unidos, com milhares de atiradeiras intelectuais, resistiremos.
Paulo Martins
Se só nos resta indignação cidadã e inteligente, é por aí que vamos. Se só nos resta a luta incansável, é por aí que nós vamos. Se só nos resta o humor, a charge, o compartilhamento, a ironia, o deboche, o sarcasmo, a palavra inteligente, o protesto bem feito, é por aí que vamos.
Vamos nos unir e virar este jogo. Nas universidades, nas ruas, nas construções, nos campos …
Precisamos da união das esquerdas, de todos os movimentos sociais, não podemos permitir o retrocesso social, político, econômico e institucional que vergonhosamente tentam implantar. A ditadura foi dura, foi pesada e, no final, não resistiu à pressão das forças sociais. Caiu podre. O mesmo aconteceu com o governo FHC.
Unidos podemos. Cada um fazendo sua importante parte do trabalho. Com estudo. Com análise. Com argumento. Educando. Esclarecendo. Resistindo. Desobedecendo. Questionando. Protestando. Sem descanso. Sem trégua. Sem condescendência. Sem vacilar. Sem deixar cair no esquecimento. Sem deixar que a mídia corrompida escreva a história destes negros dias. Sem negociar. Sem acordos e conchavos. Sem medo.
Apesar do cansaço. Apesar da aparente força do inimigo. Não tenhamos dúvidas: podemos. Não tem elefante, por maior que seja, que possa com o poder de milhões de formigas unidas.
Podemos. Sem dúvida, podemos. Nunca lutamos, as esquerdas, as lutas fáceis. Nunca conseguimos vitórias sem esforço, firmeza, persistência e união. Sem dúvida, podemos.