Cresci ouvindo falar que a grande imprensa brasileira era isenta. Precisei estudar contabilidade, economia, administração e direito para finalmente entender que a isenção se referia a tributos – impostos, taxas e contribuições.
Descobri que tenho que estudar comunicação, marketing e semiótica para entender como esse grande conglomerado que tem o monopólio da formatação da opinião pública no Brasil conseguiu ampliar o sentido da palavra isenção para significar , também, imunidade perante a Justiça.
Mas o mais genial é que eles conseguiram convencer todos os seus leitores e telespectadores que opinião descaradamente seletiva e maniqueísta é informação.
Neste caso, acho que nem estudando filosofia, dos pré-socráticos a Aristóteles, chegando às escolas helenísticas , vou conseguir entender.
Marx, talvez?
A comunicação autointitulada “isenta” é o ópio contemporâneo do povo.
Paulo Martins, do blog dialogosessenciais.com.