A vingança popular é um prato que se come frio ?

Compartilho post do Facebook de Mara Teles.

Seria mesmo a vingança popular um prato que se come frio como afirma o texto da Mara?

Não seria já uma espécie de vingança popular a onda de assaltos, trambiques e tiroteios diários, no qual as balas perdidas atingem a todos e, ultimamente, mesmo aqueles que ainda se encontram nos ventres de suas mães?

Não seriam as mortes por violência no Brasil, cerca de 60 mil por ano, uma espécie de vingança popular, onde a população oprimida se volta contra essa sociedade cruel que a violenta e exclui, para vingar-se, sem saber discernir quais deveriam ser os alvos?

Não seria já uma forma de manifestação da vingança popular este cinismo, esta falta de interesse, este egoísmo e este salve-se quem puder em que se transformou o Brasil?

A realidade brasileira mostra que a vingança popular já está aí, já faz parte do cotidiano, já torna a vida no Brasil um inferno. Se esta energia passar a ser direcionada contra os alvos certos, em vez de apontá-la para o próprio peito, vamos aprender que não há força capaz de controlá-la.

Paulo Martins

Por Mara Teles

“Um dos argumentos mais gritados na Praça Pública orquestrada pela direita nos últimos anos foi o de que o governo de Dilma seria ilegítimo por duas razões principais.

O primeiro na tese de que as urnas que elegeram-na estavam fraudadas. Os tucanos levaram a cabo tal argumento, pedindo à justiça eleitoral a recontagem dos votos. Sabiam, como todos sabem, que a despeito das últimas manobras produzidas pelo tucano Gilmar que ocupa atualmente o TSE, as urnas eletrônicas brasileiras não apenas são seguras, como são aprovadas em testes e motivos de “orgulho’ de nossa modernização. Fizeram o pedido somente para “encher o saco”, como foi gravado pelo impoluto Senador, de longa carreira nas baladas brasileiras.

Outra gritaria sobre a ilegitimidade do governo Dilma derivaria não apenas do aspecto ilegal de sua eleição, uma vez que o vício da fraude violaria toda a legitimidade do processo eleitoral. O segundo aspecto da ilegitimidade residiria no “estelionato”‘, uma vez que eleita por um programa “petista”, estaria ela submetendo a sociedade ao programa do seu adversário.

Cheia de si, a direita vai às ruas, em nome dos eleitores enganados pela incumbente. Afinal, Lévy estaria muito mais próximo daquilo defendido pelo Senador Aécio do que daquilo declarado pela Presidente eleita. Seriam duas as fraudes: urnas viciadas, tal qual as usadas pelas oligarquias, e o estelionato eleitoral. Retirada por uma pedalada, foi substituída pelo vice, muito embora este não tenha votos pois, como também sabem os sábios intelectuais, vice não é cargo eletivo, a não ser nos posts dos maus intencionados.

Temer, faixa em mãos, com o pronto apoio de tucanos, passou a praticar o mesmo vício que outrora presumia ser de sua antecessora: o estelionato eleitoral.

Que façam todas as reformas que queiram e tragam até esta terras onde cantam os sabiás, novos navios negreiros, grávidas inválidas e projetos escravocratas. Se for esta a decisão da maioria, que assim seja. Mas, como diziam aqueles que se sentaram no trono, é puro estelionato. E dos mais reles. É um escracho danado. Só não merecem a guilhotina porque não estão nem à altura de serem heróis de revolução alguma. Conspiram com Josleys nos porões e gritam por estelionatos nas ruas. Do alto de 2%, dão-se de rir de um país estupefato. Não merecem nem o pó vermelho do solo de Brasília. Eles mesmos estão se transformando em pó e tudo aquilo que votam sorrindo hoje, será o seu choro amanhã.

A vingança popular é um prato que se come frio nas urnas e nas ruas. Esperemos pelo ranger de dentes.”

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