O novo surto fascista da Folha, por Miguel do Rosário

A fórmula já é velha. A Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo, a Rede Globo, a Rede Bandeirantes, a Revista Veja, a Revista Época, a Revista Isto é e outros meios de comunicação juntos com o mesmo objetivo maléfico: destruir um partido e seu principal líder político. No fundo, parece que a associação destes meios de comunicação visa destruir qualquer possibilidade da alta política operar no país e colocar no seu comando a soberania popular.

Em um país onde prevalece a soberania popular e a alta política, os meios de comunicação perdem seu poder manipulador e assumem um papel responsável e fundamental em qualquer democracia. Talvez sejam estes os motivos que os fazem praticar o jornalismo de forma tão abjeta: interesse de classe e desejo de continuar manipulando os cordões do poder.

Se houvesse interesse seria possível para estes meios de comunicação prestarem um serviço essencial ao país. Somos carentes de informação de alto nível e, dado o baixo nível de alfabetização, educacional e cultural no Brasil, a importância dos meios de comunicação é ainda maior. Tem espaço para um belo, nobre e lucrativo trabalho. Mas os meios de comunicação deveriam cultivar seus leitores, ouvintes e telespectadores em vez de deformá-los, como fazem.

Bastam sair resultados de pesquisas favoráveis ao candidato Luís Ignácio Lula da Silva e, como um ato de desespero, os tais meios de comunicação escalam seus jornalistas mais abjetos para preparar manchetes com baixarias e sordidez sem limites. O jogo está claro e não nos enganam. imagino as reuniões de pauta nestes meios de comunicações e a divisão de tarefas neste jogo sujo.

Informação honesta e de qualidade é direito essencial. Os órgãos que prestam informação têm responsabilidade social. Por isso, meios de comunicação são  concessão pública, sujeitas ao controle da sociedade, visando o bem comum. No Brasil, organizados em oligopólios, transformaram-se em um poder paralelo, com traços de organização criminosa, unidas para manipular e, em alguns casos, delinquir. Entendam: o dinheiro e o poder corrompem.

Todos que temos experiência com pesquisas e com estatísitica sabemos como é fácil manipular dados se o contratante da pesquisa tiver interesses escusos no seu resultado. Ora, somos 208 milhões de brasileiros. Apresentar uma pesquisa com pergunta dirigida a um objetivo e “interpretar” o resultado como se pudesse representar a opinião de TODOS os brasileiros é um absurdo. Mas não é um erro. É uma premeditação.

E, o pior, a nova moda do país insuflada pela mídia do jornalismo abjeto é o direito penal dos esgotos, da sarjeta. Neste novo direito penal de perseguição do inimigo de classe, pessoas são condenadas sem direito de defesa e sem o devido processo legal porque outras pessoas, que não são juízes, não conhecem as provas e os argumentos das defesas, insufladas por esta mídia mal-intencionada, pretendem julgar e condenar pela TV ou pelas pesquisas.

Leia a matéria do Miguel do Rosário, de O Cafezinho, sobre o assunto e vocês entenderão os motivos da indignação. Os jornais da Globo, em dobradinha com a Folha de São Paulo, enfatizaram o assunto, sem explicar os detalhes.

Paulo Martins

Por Miguel Do Rosario

O novo surto fascista da Folha -2 de Outubro de 2017

Não existe limites para a sordidez e o fascismo da imprensa brasileira.
A Folha de São Paulo publicou manchete hoje, dizendo que: “brasileiro quer Lula preso”.

Aí você vai ler a matéria e vê que 40% dos brasileiros NÃO querem Lula preso.

A Folha pensa que esses 40% NÃO sejam brasileiros?

Sem contar que a Folha nunca fez pesquisa para saber se o brasileiro “avalia” se o Serra deve ser preso, se o FHC deve ser preso, se Aécio deve ser preso.

É uma pergunta típica de um pensamento fascista, pois evidentemente ninguém pode ser preso com base em “pesquisa”.

Além do mais, estamos falando de pesquisa, meu Deus! Não tem nada exato aí. A gente pode até especular sobre quem tem mais ou menos intenção de voto, mas usar isso para tirar a liberdade de um cidadão, aí é dar um uso puramente fascista às pesquisas?

Esses 40% que NÃO querem Lula preso podem ser, na verdade, 50%, ou mesmo 60%.

A pesquisa da Folha mostra exatamente o contrário da manchete:
há uma tendência crescente, entre brasileiros, de achar que Lula NÃO apenas NÃO deve ser preso, como deve voltar a governar o país. A rejeição a Lula vem caindo rapidamente e a quantidade de brasileiros determinada a votar nele também aumenta.

Como assim, portanto, o “brasileiro quer Lula preso”?

A Folha é profundamente irresponsável porque essa é uma manchete que insufla o fascismo, a turma do Bolsonaro, do MBL, dos maçônicos, da turma da intervenção militar.

Quando os historiadores analisarem a evolução do fascismo no Brasil, não poderá esquecer o papel fundamental da Folha e da imprensa brasileira, em geral, nesse processo.

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