Em 2014, durante a campanha eleitoral para a presidência da República, criou-se uma polêmica artificial sobre censura inexistente a pesquisador do IPEA que pretendia publicar um trabalho com claro intuito de influenciar no resultado da eleição. Como a legislação exigia, as regras do jogo, ou seja, os critérios a serem adotados pelo IPEA em relação às eleições, haviam sido definidas com razoável antecedência, ainda no primeiro semestre de 2014, e amplamente divulgadas em encontro público interno no IPEA – Brasília, com videoconferência para o IPEA – Rio de Janeiro. Como servidor concursado do IPEA, ainda em atividade naquela ocasião, sou testemunha dos cuidados adotados, com a devida antecedência, pela alta administração desta instituição de alto prestígio e credibilidade. Quando o assunto voltou, requentado, para as páginas dos jornais engajados no golpe contra o governo Dilma Rousseff tive a oportunidade de escrever um post sobre este assunto. Para acessá-lo, basta digitar em seu buscador o endereço deste blog: dialogosessenciais.com e pesquisar a palavra chave IPEA.
Não fiquei surpreso quando, instalado o governo golpista de Temer e colocado na presidência do IPEA um dos seus (de Temer) diletos amigos, aconteceu em 2016 um episódio, este sim, de censura explícita, e nenhum dos “jornalistas-ativistas libertários indignados” que haviam criticado o IPEA em 2014, compareceu para defender os pesquisadores e a liberdade de pesquisar e publicar do IPEA. Escrevi um post na ocasião criticando este silêncio conveniente.
Agora, censura e silêncio cúmplice se repetem. Desta vez em outro órgão público federal: INEP. O blog do Freitas – avaliacaoeducacional.com publicou uma carta de solidariedade dos servidores do IPEA aos servidores censurados do INEP. Leia no link abaixo.
PauloM